copiado e colado do blog OMALFAZEJO, http://oavesso.com.br/omalfazejo/2010/06/24/assaltos-na-ufam-agora-vai/
A reitora da Universidade do Amazonas, Márcia Perales, começou a tomar providências quanto aos constantes assaltos e arrombamentos de carros nos estacionamentos do Campus Universitário: mandou suspender o uso do perfil institucional da UFAM no Twitter.
O motivo da medida seria um tweet (mensagem) publicado na rede social que informava aos seguidores da universidade que no dia 17 de maio havia uma manifestação dos alunos de Direito em frente à reitoria, cobrando a solução para a violência. Não havia na mensagem qualquer incitação, apenas uma resposta seca à tradicional pergunta da rede social: “What’s happening?” — “o que está acontecendo?”, para meus leitores monoglotas.
É que três dias antes, no dia 14 de maio, seis alunos do curso de Direito tinham sido vítimas de um assalto no estacionamento comum à Faculdade de Tecnologia (FT), ao Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) e à Faculdade de Direito (FD).
Abaixo, a mensagem publicada no dia 17 de maio:
Hoje (21), ao descobrir que a UFAM informara, via Twitter, seus seguidores de que ocorria a manifestação, a reitora ordenou a retirada da mensagem (a imagem acima é do cache do Google, este dedo-duro pós-moderno) e a publicação de um aviso:
A UFAM tem 2.011 seguidores no Twitter. Alunos e professores que perdem, com a medida, um de seus canais de troca de informação com a instituição, que sofre há muito tempo com os constantes assaltos e furtos em seus estacionamentos.
Seria de se esperar que, mesmo contrariada pelas manifestações, a reitoria viesse a público oferecer espaço para a discussão do problema. Investindo na interação com sua comunidade na internet, a UFAM poderia sair bem na foto, mantendo seus seguidores informados sobre o que está sendo encaminhado quanto ao problema.
O mais interessante é que há medidas sendo tomadas. No site Maloca Digital, revista eletrônica editada pela própria UFAM, é permitido ao público saber de algumas delas:
“(…) Os manifestantes convidaram os alunos do ICHL para participar do movimento, e retornaram à FD, onde conseguiram falar com o vice Reitor [Professor Dr. Hedinaldo Narciso] e com o prefeito do Campus, professor Marco Antônio. Ambos anunciaram que conversaram com a Central Acadêmica de Direito, e já começaram a providenciar melhorias. Entre elas uma viatura que ficará todos os dias das 18:00h até as 23:00h no estacionamento, guardas que ficarão o dia inteiro no local, e iluminação no corredor de passagem entre a FD e o estacionamento. Posteriormente serão instaladas câmeras de segurança e guaritas. As medidas implantadas até agora foram a viatura e, 2 guardas no local.”
Então, se há providências sendo tomadas pela reitoria, por que impedir que a comunidade acadêmica tome conhecimento disso? Usando os poucos canais de informação de que dispõe, a UFAM deveria espalhar a informação, quem sabe consultando seus professores e alunos sobre as melhores opções para resolver o problema.
No lugar disso, fica a aura de censura e desinformação, visto que a reitoria só tomou conhecimento de seu “deslize” na internet um mês depois.
Não sei como andam as melhorias atualmente, pois só descobri sobre a manifestação do dia 17 de maio hoje, na revista Maloca Digital, e foi neste site que vi que a UFAM negociou com os estudantes e colocou uma viatura e dois guardas para protegê-los nos estacionamentos.
O link para o site está aí acima. Aproveite e se informe, enquanto a reitoria ainda não o descobriu.
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