terça-feira, 29 de abril de 2014

Metáfora do Golfinho, da carpa e do tubarão

  

Uma brilhante metáfora criada por Dudley Lynch e Paul Kordis do Brain Technologies Institute - do tubarão, da carpa e do golfinho.
Existem três tipos de animais: as carpas, os tubarões e os golfinhos. A carpa é dócil, passiva e que quando agredida não se afasta nem revida. Ela não luta mesmo quando provocada. Se considera uma vítima, conformada com seu destino.
Alguém tem que se sacrificar, a carpa se sacrifica. Ela se sacrifica porque acredita que há escassez. Nesse caso, para parar de sofrer ela se sacrifica. Carpas são aquelas pessoas que numa negociação sempre cedem, sempre são os que recuam; em crises, se sacrificam por não poderem ver outros se sacrificarem. Jogam o perde-ganha, perdem para que o outro possa ganhar.
Declaração que a carpa faz para si mesmo:
  • "Sou uma carpa e acredito na escassez. Em virtude dessa crença, não espero jamais fazer ou ter o suficiente. Assim, se não posso escapar do aprendizado e da responsabilidade permanecendo longe deles, eu geralmente me sacrifico."
Nesse mar existe outro tipo de animal: o tubarão. O tubarão é agressivo por natureza, agride mesmo quando não provocado. Ele também crê que vai faltar. Tem mais, ele acredita que, já que vai faltar, que falte para outro, não para ele!
"Eu vou tomar de alguém!" O tubarão passa o tempo todo buscando vítimas para devorar porque ele acredita que podem faltar vítimas. Que vítimas são as preferidas dos tubarões? Acertou, as carpas. Tanto o tubarão como a carpa acabam viciados nos seus sistemas. Costumam agir de forma automática e irresistível. Os tubarões jogam o ganha-perde, eles tem que ganhar sempre, não se importando que o outro perca.
Declaração que o tubarão faz para si mesmo:
  • "Sou um tubarão e acredito na escassez. Em razão dessa crença, procuro obter o máximo que posso, sem nenhuma consideração pelos outros.
    Primeiro, tento vencê-los; se não consigo, procuro juntar-me a eles."
golfinho, carpa e tubarão
O terceiro tipo de animal: o golfinho. Os golfinhos são dóceis por natureza. Agora, quando atacados revidam e se um grupo de golfinhos encontra uma carpa sendo atacada eles defendem a carpa e atacam os seus agressores.
Os "Verdadeiros" golfinhos são algumas das criaturas mais apreciadas das profundezas. Podemos suspeitar que eles sejam muito inteligentes - talvez, à sua própria maneira, mais inteligentes do que o Homo Sapiens. Seus cérebros, com certeza, são suficientemente grandes - cerca de 1,5 quilograma, um pouco maiores do que o cérebro humano médio - e o córtex associativo do golfinho, a parte do cérebro especializada no pensamento abstrato e conceitual, é maior do que o nosso. E é um cérebro, como rapidamente irão observar aqueles fervorosos entusiastas dedicados a fortalecer os vínculos entre a nossa espécie e a deles, que tem sido tão grande quanto o nosso, ou maior do que o nosso, durante pelo menos 30 milhões de anos.
O comportamento dos golfinhos em volta dos tubarões é legendário e, provavelmente, eles fizeram por merecer essa fama. Usando sua inteligência e sua astúcia, eles podem ser mortais para os tubarões. Matá-los a mordidas? Oh, não! Os golfinhos nadam em torno e martelam, nadam e martelam. Usando seus focinhos bulbosos como clavas, eles esmagam metodicamente a "caixa torácica" do tubarão até que a mortal criatura deslize impotente para o fundo.
Todavia, mais do que por sua perícia no combate ao tubarão, escolhemos o golfinho para simbolizar as nossas idéias sobre como tomar decisões e como lidar com épocas de rápidas mudanças devido às habilidades naturais desse mamífero para pensar construtiva e criativamente. Os golfinhos pensam? Sem dúvida. Quando não conseguem o que querem, eles alteram os seus comportamentos com precisão e rapidez, algumas vezes de forma engenhosa, para buscar aquilo que desejam. Golfinhos procuram sempre o equilíbrio, jogam o ganha-ganha, procuram sempre encontrar soluções que atendam as necessidades de todos.
Declaração que o golfinho faz para si mesmo:
  • "Sou um golfinho e acredito na escassez e na abundância potenciais. Assim como acredito que posso ter qualquer uma dessas duas coisas - é esta a nossa escolha - e que podemos aprender a tirar o melhor proveito de nossa força e utilizar nossos recursos de um modo elegante, os elementos fundamentais do modo como crio o meu mundo são a flexibilidade e a capacidade de fazer mais com menos recursos."
Se os golfinhos podem fazer isso, por que não nós?
Achamos que podemos.

Adaptado de: "A Estratégia do Golfinho"
Dudley Lynch e Paul L. Kordis - Ed. Cultrix.

Concursos no Amazonas ofertam 1,5 mil vagas e salários de até R$ 10 mil

Os salários oferecidos variam de R$ 730 a R$ 10 mil. A maioria das oportunidades fica no interior do Estado, com vagas oferecidas em prefeituras que abriram concursos públicos.
 28 Abr 2014 . 07:00 h . Laís Motta . portal@d24am.com
[ i ]Prefeituras do interior e Prodam ofertam 1.509 vagas para todos os níveis de escolaridade.
Manaus - Quatro concursos e um processo seletivo ofertam 1.509 vagas de emprego no Amazonas com inscrições que se encerram até 1º de junho, de acordo com editais publicados no site Concursos no Brasil. Os salários vão de R$ 730 a R$ 10 mil. A maioria das oportunidades fica no interior do Estado.
A Prefeitura de Borba abriu concurso público com 740 vagas, com salários que podem chegar a até R$ 10 mil. Há vagas para auxiliar de serviços gerais, gari, merendeiro, motorista, servente de obras, agente de zoonoses, auxiliar administrativo, carpinteiro, encanador, operador de máquinas pesadas, pedreiro, auxiliar de enfermagem, técnico em contabilidade, assistente social, engenheiro de pesca, fisioterapeuta, clínico geral, professor e pedagogo. As inscrições podem ser feitas pelo site www.iaspec.com.br, até 26 de maio. A taxa de inscrição vai de R$ 50 a R$ 70.
A empresa Processamento de Dados Amazonas S. A. (Prodam) abriu concurso com 120 vagas de todos os níveis de escolaridade com inscrições, que se encerram em 1º de junho. As vagas ofertadas são para analista de TI, programador, analista administrativo, assistente social, comunicador social/relações públicas, design gráfico, engenheiro, técnico de nível Médio, assistente e auxiliar. Os salários variam de R$ 1.091,78 a R$ 5.756,06. As inscrições são feitas pelo http://ww5.funcab.org/inicial.asp?id=261, com taxas de R$ 40 a R$ 65.
A Prefeitura de Uarini também abriu concurso público com 231 vagas de níveis Fundamental, Médio e Superior e remunerações de até R$ 2.128. Os cargos são para auxiliar de serviços gerais, merendeira, vigia, assistente administrativo, assistente de biblioteca, assistente social, nutricionista, pedagogo, professor e psicólogo. As inscrições podem ser feitas no site www.institutoabare-ete.com.br, até 6 de maio de 2014 e as taxas vão de R$ 25 a R$ 50.
A Prefeitura de Alvarães abriu concurso com 170 vagas em nível Fundamental e Superior. O salário varia de R$ 730 a R$ 2.121 e há vagas para auxiliar de serviços gerais, merendeira, vigia, nutricionista, pedagogo e professor. A inscrição poderá ser feita até 12 de maio pelo site www.institutoabare-ete.com.br, com taxas de R$ 25 a R$ 50.
A Prefeitura de Manaquiri abriu 248 vagas para profissionais de todos os níveis de escolaridade e salários de até R$ 8 mil. Os candidatos podem se inscrever, gratuitamente, pelo site www.concursoscopec.com.br, até a próxima segunda-feira.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Veja 10 razões para não incluir alguém na lista de dependentes do IR

Se o dependente tem renda, por exemplo, a inclusão pode não compensar. Prazo de entrega da declaração termina no dia 30 de abril.

Antes de incluir um dependente na declaração do Imposto de Renda, que permite dedução pelo modelo completo de até R$ 2.063,64, o contribuinte deve avaliar se compensa ou não e se a inclusão é permitida.
G1 reuniu em uma lista 10 razões para que o dependente não conste na declaração, com a ajuda de Silvinei Toffanin, diretor da DIRETO Contabilidade, Gestão e Consultoria e Eliana Lopes, coordenadora de Imposto de Renda da H&R Block. O prazo de entrega termina no dia 30 de abril.
1) Existência de rendimentos tributáveis: Na maioria dos casos em que o dependente possuir rendimentos próprios, será vantajoso ao contribuinte e ao seu dependente apresentar uma declaração em separado. Uma exceção é o contribuinte que possuir mais despesas dedutíveis do que rendimentos. O dependente com rendimentos acima de R$ 25.661,78 pode apresentar uma declaração em separado e ter o desconto do modelo simplificado (20% dos rendimentos tributáveis)
.2) Propriedade ou sociedade: Se o dependente tiver propriedades em seu nome ou fizer parte de alguma sociedade, é mais vantajoso cada um apresentar sua declaração.
3) Apresentação de declaração em separado: Caso um dependente venha a apresentar declaração em separado, o contribuinte não poderá informá-lo como dependente
.4) Emancipação: Nessa situação, o contribuinte precisa avaliar se, no seu caso, compensa. Em princípio, o emancipado deve declarar em separado, com o número de inscrição no CPF próprio. Entretanto, se o emancipado ainda se enquadrar nas condições que autorizem a dependência, para fins de Imposto de Renda, pode aparecer como tal na declaração de um dos pais.
5) Idade: Quando o dependente completar 21 anos de idade e não estiver cursando ensino superior ou escola técnica do 2º grau, o contribuinte deve retirá-lo da declaração, ainda que todas suas despesas sejam pagas pelos pais.
6) Guarda judicial: O contribuinte só pode considerar como dependentes os filhos que ficarem sob sua guarda, em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente. Caso contrário, se não tiver mais a guarda, é preciso retirá-lo da declaração. O mesmo vale para ex-cônjuge.
7) Morte do dependente: Em caso de falecimento, o dependente deverá ser retirado da declaração anual no ano subsequente ao falecimento. Neste caso, se o dependente faleceu em 2011, na declaração de 2012 ele não pode mais ser declarado
.8) Sogros proibidos: Sogro ou a sogra não podem ficar na lista de dependentes se seu filho ou filha não estiver declarando em conjunto com o genro ou a nora.
9) Um dependente em duas declarações: Nesse caso, o dependente não pode aparecer na declaração do pai e na da mãe, caso declarem separadamente. AReceita Federal aceita e permite a dedução na declaração do pai ou da mãe.
10) Dependente que não é dependente: Por mais que o contribuinte pague todas as contas de uma pessoa, como uma namorada, por exemplo, a Receita não aceita que a dedução seja feita. Podem ser dependentes os companheiros, filhos até 21 anos (ou 24 anos, se estiverem cursando a universidade). Também podem ser incluídos os menores de idade de quem se tenha guarda judicial. Os pais e avós podem ser dependentes dos filhos desde que tenham rendimentos tributáveis isentos ou tributáveis exclusivamente na fonte cujo valor total no ano não ultrapasse até R$ 20.529,36. A dedução por dependente, possível apenas por quem declara pelo modelo completo, é de até R$ 2.063,64.
Fernanda F.
Publicado por Fernanda F.
Graduanda em Direito, Mestre em Hospitalidade, Pós Graduada em Gestão de Empresas, Bacharel em Aviação Civil. Adoro viajar, aprender...

terça-feira, 15 de abril de 2014

concurso conab

Conab lança concurso com salários que chegam a R$ 5.112,07

11 Abr 2014 . 10:27 h . Laís Motta . portal@d24am.com

Os certames ofertam oportunidades para nível Médio e Superior, entre elas para assistentes, engenheiros e administradores. As inscrições começam na próxima terça-feira

[ i ]A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançou, nesta sexta-feira (11), dois editais de concurso público com 396 vagas para todo o Brasil, incluindo o Amazonas

Manaus - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançou, nesta sexta-feira (11), dois editais de concurso público com 396 vagas para todo o Brasil, incluindo o Amazonas, com salários que chegam a R$ 5.112,07. Os certames ofertam oportunidades para nível Médio e Superior, entre elas para assistentes, engenheiros e administradores. As inscrições começam na próxima terça-feira. Os editais, executados pelo Instituto Americano de Desenvolvimento (Iades), foram publicados no Diário Oficial da União (DOU).

Para nível Médio, são oferecidas 177 vagas no cargo de assistente. Há 62 oportunidades para a função assistente nível Médio, 87 para técnico agrícola, 15 para contabilidade e 13 para tecnologia da informação. A remuneração base é R$ 2.172,63, com jornada de trabalho de até 44 horas semanais.

Para os cargos de nível Superior, há 219 vagas distribuídas em 12 áreas de formação: administração (76), contabilidade (38), direito (16), economia (22), engenharia agrícola (10), engenharia agronômica ou agronomia (52), engenharia civil (1), engenharia elétrica (1), engenharia mecânica (1), gestão do agronegócio (2), auditoria (CR) e comunicação social (CR). O salário base para o cargo de analista é de R$ 5.112,07 e a jornada de trabalho é de até 44 horas semanais.

Além dos salários, os servidores terão direito a serviço de assistência à saúde, assistência social, seguro de vida, programa de transporte do trabalhador, auxílio-funeral, assistência educação infantil, auxílio-escola, auxílio-alimentação, Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) e Plano de Previdência Cibrius.

As inscrições podem ser feitas pelo site http://www.iades.com.br a partir da próxima terça-feira até 18 de maio para os cargos de nível Médio, com taxa de R$ 42. Para os de Superior, as inscrições também começam na terça-feira, mas encerram em 28 de maio, conforme o edital divulgado no DOU. A taxa para a formação Superior é de R$ 46.

As provas do concurso, que também vai formar cadastro de reserva, serão realizadas em todas as capitais estaduais e no Distrito Federal, na data provável de 8 de junho para os cargos de nível Médio e 20 de julho para a formação Superior, ambas no turno vespertino.

O edital estará disponível nos sites do Iades e da Conab (www.conab.gov.br).

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Procuram-se estudantes

Além do mico-leão-dourado e do lobo-guará, outro mamífero tropical parece caminhar para a extinção

Publicado por Thais Mello - 1 dia atrás
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Procuram-se estudantes

Diz-se que uma espécie encontra-se ameaçada quando a população decresce a ponto de situá-la em condição de extinção. Tal processo é fruto da exploração econômica e do desenvolvimento material, e atinge aves e mamíferos em todo o planeta. Nos trópicos, esse pode ser o caso dos estudantes. Curiosamente, enquanto a população de alunos aumenta, a de estudantes parece diminuir. Paradoxo? Parece, mas talvez não seja.

Aluno é aqueleque atende regularmente a um curso, de qualquer nível, duração ou especialidade, com a suposta finalidade de adquirir conhecimento ou ter direito a um título. Já o estudante é um ser autônomo, que busca uma nova competência e pretende exercê-la, para o seu benefício e da sociedade. O aluno recebe. O estudante busca. Quando o sistema funciona, todos os alunos tendem a se tornar estudantes. Quando o sistema falha, eles se divorciam. É o que parece ocorrer entre nós: enquanto o número de alunos nos ensinos fundamental, médio e superior cresce, assombram-nos sinais do desaparecimento de estudantes entre as massas discentes.

Alguns grupos de estudantes sobrevivem, aqui e acolá, preservados em escolas movidas por nobres ideais e boas práticas, verdadeiros santuários ecológicos. Sabe-se da existência de tais grupos nos mais diversos recantos do planeta: na Coreia do Sul, na Finlândia e até mesmo no Piauí. Entretanto, no mais das vezes, o que se veem são alunos, a agir como espectadores passivos de um processo no qual deveriam atuar como protagonistas, como agentes do aprendizado e do próprio destino.

Alunos entram e saem da sala de aula em bandos malemolentes, sentam-se nas carteiras escolares como no sofá de suas casas, diante da tevê, a aguardar que oshow tenha início. Após 20 minutos, se tanto, vêm o tédio e o sono. Incapazes de se concentrar, eles espreguiçam e bocejam. Então, recorrem ao iPhone, à internet e às mídias sociais. Mergulhados nos fragmentos comunicativos do penico digital, lambuzam-se de interrogações, exclamações e interjeições. Ali o mundo gira e o tempo voa. Saem de cena deduções matemáticas, descobertas científicas, fatos históricos e o que mais o plantonista da lousa estiver recitando. Ocupam seu lugar o resultado do futebol, o programa de quinta-feira e a praia do fim de semana.

As razões para o aumento do número de alunos são conhecidas: a expansão dos ensinos fundamental, médio e superior, ocorrida aos trancos e barrancos, nas últimas décadas. A qualidade caminhando trôpega, na sombra da quantidade. Já o processo de extinção dos estudantes suscita muitas especulações e poucas certezas. Colegas professores, frustrados e desanimados, apontam para o espírito da época: para eles, o desaparecimento dos estudantes seria o fruto amargo de uma sociedade doente, que festeja o consumismo e o prazer raso e imediato, que despreza o conhecimento e celebra a ignorância, e que prefere a imagem à substância.

Especialistas de índolecrítica advogam que os estudantes estão em extinção porque a própria escola tornou-se anacrônica, tentando ainda domesticar um público do século XXI com métodos e conteúdos do século XIX. Múltiplos grupos de interesse, em ação na educação e cercanias, garantem a fossilização, resistindo a mudanças, por ideologia de outra era ou pura preguiça. Aqui e acolá, disfarçam o conservadorismo com aulas-shows, tablets epedagogia pop. Mudam para que tudo fique como está.

Outros observadores apontam um fenômeno que pode ser causa-raiz do processo de extinção dos estudantes: trata-se da dificuldade que os jovens de hoje enfrentam para amadurecer e desenvolver-se intelectualmente. A permissividade criou uma geração mimada, infantilizada e egocêntrica, incapaz de sair da própria pelé e de transcender o próprio umbigo. São crianças eternas, a tomarem o mundo ao redor como extensão delas próprias, que não conseguem perceber o outro, mergulhar em outros sistemas de pensamento e articular novas ideias. Repetem clichês. Tomam como argumentos o que copiam e colam de entradas da Wikipédia e do que mais encontram nas primeiras linhas do Google. E criticam seus mestres, incapazes de diverti-los e de fazê-los se sentir bem com eles próprios. Aprender cansa. Pensar dói.

Fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/794/procuram-se-estudantes-7060.html

Um imaginário diálogo entre um lobo, o governo e a ovelha, a Eletrobras



Economia

Questão energética

O Lobo e a Ovelha

Um imaginário diálogo entre um lobo, o governo e a ovelha, a Eletrobras
por Roberto Pereira D'Araujo — publicado 10/04/2014 16:23
http://www.cartacapital.com.br/economia/o-lobo-e-a-ovelha-377.html 
Milo Winter (1886-1956)
Lobo e Ovelha

A situação do setor elétrico está tão absurda que só com a ajuda de uma fábula é possível perceber a sua gravidade com certo humor

A situação do setor elétrico está tão absurda que só com a ajuda de uma fábula é possível perceber a sua gravidade com certo humor. Aqui, um imaginário diálogo entre um LOBO, o Governo e a OVELHA , a Eletrobras. Data, algum mês antes de setembro de 2012.

LOBO - Olha aqui, Eletrobras, eu decidi que, para renovar as concessões das suas usinas que vencem em 2015, você vai ter que aceitar os meus termos.

OVELHA - Ué? Mas estamos em 2012! Por que adiantar o fim das concessões? A constituição não manda licitar ao final do prazo? Por que essa pressa?

LOBO - Porque a tarifa brasileira está muito alta e a indústria anda dizendo que a culpa é das usinas antigas.

OVELHA - Mas isso não é verdade! Se não tivessem ocorrido amortizações anteriores, como é que a tarifa em 1995 era 80% mais barata do que a atual? Depois, quem extinguiu o regime de serviço público e implantou o preço de mercado, inclusive para as estatais, foi V. Exa. mesmo!

LOBO - E você acha que eu vou enfrentar a poderosa FIESP? Eu vou é editar uma medida provisória inventando um novo método de avaliação de ativos, o Valor Novo de Reposição. A indenização vai ser calculada sobre uma "usina virtual" semelhante a de vocês. Podem rasgar seus balanços anteriores.

OVELHA - Mas....com todo respeito, isso não tem sentido! Não há duas usinas hidroelétricas iguais! Elas foram construídas em épocas diferentes com distintas realidades econômicas. Além disso, comparar uma usina com um projeto básico pode até superestimar um investimento! Porque não usar o que está contabilizado, que foi baseado num rígido manual aprovado pela ANEEL?

LOBO - Porque a FIESP disse que as suas usinas estão caras porque até essas novas S. Antonio, Jirau, Belo Monte ganharam leilões com preços abaixo do que vocês estão vendendo.

OVELHA - Ué? Mas nós não decidimos os preços! Eles surgiram do modelo imaginado pelo governo FHC, mas que foi implantado por V. Exa!  Além disso, essas usinas que a FIESP cita nem prontas estão! Ninguém sabe se o preço final será esse! Se V. Exa. examinar os dados de custos dessas usinas e aplicar nas minhas contas, vai ver que o consumidor já pagou por 80% dos nossos investimentos! Isso já daria uma redução....

LOBO – (Interrompendo) Pode até ser, mas não vai dar não! A tarifa final tem que ser reduzida em 20%! Eu já prometi! Além da indenização baixa, eu vou arquitetar também uma metodologia que vai decretar seus custos de O&M. Vocês vão ter que se contentar com uns R$ 10/MWh.

OVELHA – O que? Isso vai nos arruinar! V. Exa. está com o alvo errado! Olhe os dados da ANEEL do ano passado. O kWh numa conta só pesa 30%! Só 20% das usinas estão em final de concessão e nem toda energia vem de hidráulicas. Se entregássemos a energia de graça a redução não passaria de 5%! V. Exa. não pode diminuir a carga tributária?

LOBO - Mas eu vou fazer a mesma coisa na transmissão. Vai ser tudo reavaliado com o Valor Novo de Reposição. Você acha que sou louco de mexer nos impostos?

OVELHA - Mas a transmissão não passa de uns 6% na conta! V. Exa. pode colocar o sistema em risco. Já pensou no que vai ocorrer quando um transformador tiver que ser trocado?

LOBO - Ahhh....abre-se um processo na ANEEL. Cria-se um novo ativo, o transformador.

OVELHA - Quer dizer que a usina passa a ser um ativo da União e meu novo ativo fica dentro do ativo da União? No transformador eu sou uma concessionária, mas na usina eu sou só uma administradora de manutenção e mão de obra? Se ocorrer algum acidente com o meu ativo decorrente de problemas de equipamentos classificados como ativo da União, como é que fica?

LOBO - É...não sei. Se fosse uma empresa privada iria processar a União. Mas vocês não vão fazer nada.

OVELHA - Mas, V. Exa. há de reconhecer que esse sistema não é praticado em nenhum outro país. Por exemplo, os Estados Unidos mantêm os mesmos concessionários desde que o contrato de concessão seja cumprido. As tarifas são reduzidas porque a amortização e depreciação são calculadas ano a ano contabilmente. Na realidade nem é preciso esperar 30 anos para se valer da amortização de investimentos. Era o sistema que tínhamos antes de 1995.....

LOBO – (Interrompendo) É, mas mudou....sabe como é....mercado...a onda que tomou os sistemas elétricos na década de 90.

OVELHA –Se V.Exa. me permite a observação, nem todos seguiram essa moda. Canadá e Estados Unidos são exemplos. A nossa tarifa é o triplo da de Quebec...o  dobro da de Washington D. C. Isso não tem nada a ver com ser privado ou estatal. É simplesmente um regime contábil....

LOBO – (Bruscamente) Não estou gostando nada dessa conversa. Vai ser como estou dizendo...

OVELHA – Desculpe a atrevimento, mas esse não é o primeiro golpe que V.Exa. me impõe. Quando manteve o modelo do governo FHC, e descontratou nossas usinas em 2003, V. Exa. sabia que o mercado tinha caído 15% e, ao nos manter descontratados e obrigados a gerar, criou um verdadeiro "Bolsa MW" no mercado livre! Foi a nossa energia que, liquidada a R$ 4,00/MWh, fez a festa dos consumidores livres.

LOBO - Eletrobras, você está abusando da minha paciência! Eu sou o acionista majoritário e mando aqui.

OVELHA – Mas....há outros acionistas! Sabe qual vai ser a queda da minha receita? Setenta por cento! V. Exa. conhece algum outro exemplo no mundo?

LOBO - Chega de conversa. A tarifa tem que ser reduzida e vocês são o elo mais fraco. A partir de outubro, depois do anúncio da medida provisória, em 11 de setembro, nós vamos ligar as térmicas no máximo. Sem o anúncio da redução, como é que nós iriamos colocar térmicas na base?

OVELHA - Ahhhh...então V. Exa. sabe que o sistema está desequilibrado?

E não se ouviu mais a voz da Ovelha.....

 

Roberto Pereira D'Araujo é diretor do Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Como estudar para uma prova

DE MAL A MELHOR

A ordem das matérias deve ser da mais difícil para a mais fácil, ou da menos familiar para a mais conhecida. O resultado é que a sessão de estudo vai se tornando menos chata conforme progride, prevenindo desistências.

MUDE DE AMBIENTE

Associamos o conteúdo com o ambiente de estudo. Pense: é mais fácil se lembrar do que você come em restaurantes diferentes do que no mesmo refeitório. Forçar associações 1ª Guerra-sala/ 2ª Guerra-cozinha) torna a informação mais encontrável quando você precisar dela.

MISTURE ASSUNTOS

Uma sequência de gramática, matemática e história exige mais do cérebro do que se concentrar em um assunto por vez. Esse esforço é bom: em vez de engatar no piloto automático e não muito concentrado, trocar de assunto faz com que ele retome a atenção a cada assunto novo

DÊ UNS TEMPOS

Uma sessão na sexta, outra no fim de semana e outra na segunda são melhores do que um domingo inteiro de dedicação. Quando você retomar o mesmo assunto depois de um tempo, seu cérebro vai fazer uma revisão automática para então aprender coisas novas.

FORCE A MEMÓRIA

Tente se lembrar do conteúdo sem consulta. Recuperar uma ideia é diferente de tirar um livro da estante: lembrar altera a forma como a informação será arquivada, tornando-a mais acessível e relevante quando precisar dela novamente.

LAZER INCLUÍDO

Estudar pensando em diversão é tão ruim quanto não estudar. Inclua no seu planejamento prêmios por dever cumprido: Se você seguir sua programação, pode se dar ao luxo de uma sessão de cinema ou um barzinho

fonte http://super.abril.com.br/cotidiano/como-estudar-prova-637599.shtml 

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Fwd: ENC: A nova ação revisional do FGTS - Ministério Público Federal opina pela procedência da ação!


 

JusBrasil - Notícias


03 de abril de 2014

A nova ação revisional do FGTS - Ministério Público Federal opina pela procedência da ação!

Publicado por Gustavo Borceda - 5 horas atrás

Esta não é uma pegadinha de mau gosto (mas genial) como a que fez o N. E. D. Primeiro de abril foi ontem. Também não significa a procedência definitiva da ação, obviamente. Quem espera por isso antes de, sei lá, uns 5, talvez 10 anos, ou é ingênuo, ou é ignorante dos fatos, ou está de má-fé. E mais, quem acha que esta ação tem uma altíssima probabilidade de obter efeitos ex tunc também ou é ingênuo, ou é ignorante dos fatos, ou está de má-fé.

O que não quer dizer que a ação não valha a pena, mais, que não seja uma verdadeira obrigação do trabalhador, para consigo e para com a sociedade, lutar pelo direito de não ser espoliado por este sistema injusto que acabou se instalando na correção de sua poupança forçada, o que ocorreu contra a vontade do legislador original, contra a Constituição Federal, contra a legislação infraconstitucional, contra os mais caros princípios axiológicos em que se fundamenta o Estado de Direito Brasileiro, contra qualquer mínima noção de certo e de errado, contra qualquer lógica do razoável...

Mas antes que eu me perca na digressão, melhor falar de uma vez sobre o novo vento que sopra, alvissareiro, vindo diretamente da capital da República. Mais especificamente, do Ministério Público Federal, que recentemente apresentou manifestação nos autos do RE 1381683/PE (este mesmo, o famigerado RE que suspendeu o trâmite de todas as ações relativas à substituição da TR como índice de correção monetária dos saldos do FGTS).

Entendedores entenderão desde logo meu entusiasmo, à partir do poder analítico que se revela no conteúdo ementado:

Recurso Especial. Contas vinculadas ao FGTS. Inadequação do sobrestamento das ações em trâmite na 1ª Instância. Imprestabilidade do corte especial como representativo da controvérsia. No mérito, direito subjetivo à atualização monetária dos saldos do FGTS esvaziado pela sistemática de cálculo da TR. Necessidade de recomposição das perdas inflacionárias. Pelo provimento do recurso.

A manifestação (aqui na íntegra) reflete um profundo conhecimento da matéria, algo pouco visto nas primeiras decisões de improcedência (exceção feita à de Presidente Prudente). Realmente fica claro que o Douto Procurador teve conhecimento do conteúdo de várias ações da demanda atual (1999-2014), e que tem profundo conhecimento da questão que ora se coloca sob enfoque (a qual pouco tem a ver com a demanda adotada como paradigma, como me referi anteriormente aqui).

E mais, verdadeiro herói que certamente passará anonimo para a imensa maioria dos 40 milhões de trabalhadores que sua manifestação defende, o Ilustre Subprocurador Geral da República, Dr. Wagner de Castro Mathias Netto não se limitou a alegar apenas a inadequação da suspensão dos trâmites em primeira instância e a falta de representatividade da ação adotada como representativa da controvérsia (o que de per si já significaria muito a meu ver), mas foi além, para opinar, corajosamente, pela procedência da ação no mérito.

Quem acompanha as notícias referentes a este tema pela minha página aqui no JusBrasil sabe da verdadeira gangorra que temos presenciado desde o começo desta história. Primeiro (após a cobertura massiva da imprensa sobre o tema, o que genuinamente ocasionou a avalanche de ações) parecia que era tudo, depois (das milhares de decisões de improcedência) parecia que era nada. Então começaram a aparecer várias decisões de procedência extremamente bem fundamentadas na primeira instância, e quando a Ação Civil Pública da DPU foi recebida com abrangência nacional - o que, em pese não ser o ideal, por ter uma chance enorme de ser julgada improcedente nas instâncias superiores a meu ver por ser contra legem (mas pró racionalidade), como me referi neste texto anterior - as coisas pareciam estar começando a mudar radicalmente (e credito muito disso ao conhecimento do teor do acórdão da ADI 4357, só publicado no final do ano).

Mas então veio a decisão do STJ, suspendendo o trâmite das ações em primeira instância sem nenhuma base legal, e tomando como representativo da controvérsia um recurso que não se baseia nos mesmo fundamentos da lide atual. Ato contínuo surgiu a notícia de que o governo teria montado uma força tarefa para "blindar o FGTS", e eis que tudo parecia mesmo ruir, afinal, quem pode com o Leviatã...

Claro que a manifestação favorável da procuradoria não decide nada, mas, no mínimo, dá um imenso alento para quem, solidamente, decidiu entrar nesta luta. Porque mesmo estando em defesa de um direitoautoevidente, mesmo após a satisfação de ter lido várias decisões de procedência muito bem fundamentadas na primeira instância, e de tomar conhecimento (segundo a própria CEF, pois não encontrei ainda estes acórdãos) de que também alguns TRF's vinham julgando a ação procedente, mesmo assim é muito bom saber que outro órgão do próprio estado (além da DPU) decidiu defender o trabalhador, o que demonstra, acima de tudo, a solidez e independência destas instituições, além de dar esperança de que a justiça prevalecerá ao final (que ainda está longe, pode estar certo).

Então pode parecer ingenuidade minha, mas acho que, de ontem para hoje, a possibilidade da brincadeira do N. E. D. se tornar realidade ficou um pouco menos improvável.

Gustavo Borceda

Publicado por Gustavo Borceda

Disponível em: http://gustavoborceda.jusbrasil.com.br/noticias/114911809/a-nova-acao-revisional-do-fgts-ministerio-publico-federal-opina-pela-procedencia-da-acao

“O Caminho das Pedras


A dúvida no milagre do Mestre fez o apóstolo afundar, mas não morrer afogado.  Ficou estabelecido que: a fé é que faz a espuma do mar ou o banzeiro do rio encrespar tão duro que se transforma em pedra e caminho.  A senha deveria ser “eu creio”, na língua que a Babel daqueles tempos fez-se perder no marasmo linguístico dos nossos tempos e ressurgiu nos códigos de postura como “propina”.
Mudaram, o Natal e o Tempo.  Quem sabe o caminho das pedras, em verdade lhes digo, é o funcionário público, aquele iluminado pela impunidade do emprego vitalício e que odeia, mais do que detesta, ser chamado de servidor público, porque servir ao público não é bem a sua praia, mas servir-se.
Esse poder decisório está encravado, principalmente, no 7º Escalão da administração pública, mas é o mais importante no organograma da administração.  Os partidos políticos que vendem, trocam, alugam, emprestam e rateiam os cargos públicos, como se fossem propriedade sua, não se importam e muito menos sabem onde se estabelece e também circula esse exército de má vontade.  O 7º Escalão é tudo o que resta, depois que a negociata dos partidos se cumpre do 1º ao 3º escalões.
Não é burrice.  É senso de oportunismo desses aliados de governo: o 7º Escalão não comporta cargos comissionados, horas extras, diárias e outras vantagens que somente os funcionários “de confiança”, e não os de carreira, desfrutam.  Esse oportunismo explícito e sem cerimônias revela o quanto governantes e aliados de base não se interessam pelo bem público ou do público que, no final, paga todas as despesas e mais os vencimentos dos seus homens de confiança.
O 7º Escalão, no entanto, é mais importante que Executivo, Legislativo e Judiciário juntos ou em ações isoladas contra o bem público ou do público.  É o senhor todo-poderoso da cartografia do caminho das pedras que leva à solução de todo e qualquer problema em administração.  O 7º Escalão sabe que os governantes e seus cordões de puxa-sacos não duram mais que quatro anos em seus postos.  O 7º Escalão é eterno.  É uma cultura de rancores, ressentimentos, frustrações, de gente mal-amada e que ama muito pior ainda e a quem consola uma única atitude: encravar qualquer trâmite ou avanço de um processo.
O 7º Escalão senta em cima do processo, fá-lo (ó Deus!) dar voltas em torno de si mesmo, troca figurinhas, compra jóias e roupas baratas nos corredores, suspende o atendimento às urgências médicas nos jogos da Seleção, e espera que os governantes e seus puxa-sacos desapareçam nos próximos quatro anos com sua burrice arrogante.  Não se pode contrariá-lo em sua rotina de sabotagem ao serviço público.  Só a propina fá-lo (ó Deus!) funcionar.
O serviço público não tem gerência, por isso o 7º Escalão só dá trabalho e prejuízo, não frita um ovo.  Mas sabe que o caminho das pedras se revela com a palavra “propina”.

 Aldisio Filgueiras
O autor é jornalista e membro da Academia Amazonense de Letras